Nuno Maya [n. 1978] e Carole Purnelle [n. 1964] são uma dupla de artistas cujo trabalho tem percorrido linguagens e âmbitos muito diversos, sempre resulta(n)do de um trabalho subtil sobre o dispositivo que elabora a percepção. Nas suas «Pinturas de Luz» há uma interacção entre o mundo virtual da projecção multimédia e o real dos elementos arquitecturais da superfície de projecção… são intervenções efémeras em fachadas, com grande potencialidade comunicativa.
Novembro de 2008. «Bandeiras Humanas» resulta de um convite de Jean-Paul Lefèbvre para que se encontrasse artistas capazes de criar uma obra para o exterior do Palácio de Santos [Embaixada Francesa em Lisboa], e assim celebrar a presidência francesa da União Europeia. O processo de produção envolveu a comunidade francesa residente em Portugal, numa colaboração que passou pela recolha de ‘retratos vivos’ de mais de duas dezenas de pessoas, visando a projecção no espaço público.
A obra é cinematográfica. As pessoas deslocam-se num universo desmaterializado. Projectadas à escala 1:1 e «coloridas» digitalmente, vão-se colocando em determinadas posições, até formar a bandeira francesa. O movimento é fluído, sereno. Depois de uma pausa, as pessoas colocam-se de novo em movimento e formam a bandeira europeia: doze das pessoas simbolizam as estrelas. Finalmente, novo movimento e nova bandeira…
Os criadores passam uma mensagem – os países e as instituições são as pessoas. A obra, interactiva e participada, dá rosto humano a ideias abstractas. Integrada na vida urbana, devolve-nos a ideia da comunidade em construção, no quotidiano, na rua.
O registo da experiência pode ser visto em www.ocubo.com/virtualhumanflags
Nuno e Maya não puderam estar presentes na inauguração porque… estavam em Eindhoven para apresentar os seus «Azulejos Humanos».
O evento integrou a iniciativa LUMIÈRE TOUJOURS que apresentou em simultâneo, no interior do Palácio de Santos, obras de Pedro Cabrita Reis, João Paulo Feliciano [ a
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