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Este artista suíço desarma-nos pela simplicidade do conceito, a evidência do gesto. Tem nova intrevenção urbana em Londres.
De um único ponto, num local único, será possível experimentar a obra em pleno [enfim, não é bem assim, claro…]. O público terá de procurar, individualmente, o ponto exacto para desfrutar uma experiência visual [mas não só, claro…], extremamente individualizada, de arte urbana: a cidade abraçada por um gesto gráfico e geométrico, prodígio de produção e paciência.
Tecnicamente, trata-se escolher uma perspectiva sobre a cidade e de colar pedaços de papel colorido nos locais exactos de um conjunto de superfícies dessa paisagem, por forma a simular na perfeição uma pintura da realidade física da cidade, sendo revelada – a cada observador e apenas a cada um de cada vez – a perfeição geométrica de uma forma simples e universalmente perceptível.
O artista aplica aspectos formais da OP Art à realidade quotidiana, numa monumental performance baseada no olhar, em que é inerente uma particular posição simultanemante fisica e simbólica dos espectadores perante a obra (e a cidade-paisagem), uma posição que pressupõe, paradoxalmente, que o punctum artístico é igualmente consciencializado por pessoas fisicamente distantes umas das outras.
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