Este filme é beleza absoluta dos destinos humanos em contingência. Musicalmente a – na altura – improvável articulação entre o Young-para-sempre-inoxidável e Rotten-gone-but-not-forgotten. Lembro-me de o ver umas três vezes segiudas no Quarteto, com os amigos com quem escrevíamos poesia em conjunto e comíamos cachorros na sala. Foi o tempo de Blade Runner, de A Lua na Valeta, Querelle, Tarkovski, O Raio Verde… um tempo de sabor a sal, a ganga, a tintas, a 17 anos em quartos vermelhos… o som desse tempo? Lou Red de The Blue Mask [My House], mas também Ommadawn de Mike Oldfiled, ainda a Caixa Geral de Depósitos não tinha deitado abaixo a fábrica de cerâmica à João XXI, e lembro-me de uns poucos concertos míticos: Magudezi, Ocaso Épico. Um filme must porque tem a pâtine da [minha] juventude, a nossa e a do filme, essa a eterna. Linda Manz forever!!! Deusa-juvenil-arrapazada. Punk before punk. Bacante imolada no silêncio do amor. Rigorosamente para além do bem e do mal.
Friday, June 22, 2007
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