Sunday, December 17, 2006

O rapaz dos cabelos verdes


Joseph Losey. Dean Stockwell. Curiosidade pelo título. JER falara n'um filme encantador'. definição perfeita para um clássico de Ficção – ou Fantástico – mas sobretudo de Ética Aplicada. É estranho que tantas obras maravilhosas de BOM-SENSO, como esta, se limitem a comover um tipo que arranja um pedaço para redescobrir os prazeres do VHS, revelando-se incapazes de tocar um público mais alargado, e de porventura operar ao menos pequenas revoluções de bairro. Mas tenho uma coisa para contar – vi o filme com as duas filhas, de 3 e 6 anos de idade – numa tarde de sol que teimava em passar pelos cortinados, e só posso dizer que a atenção de ambas foi permanente e que só posso acreditar que metáfora tão simples como a do cabelo verde funcionou na perfeição para a reflexão pretendida sobre a intransigência, a intolerância, a estupidez, a guerra e acima de tudo a incapacidade dos adultos verem realidades profundas, escondidas sob o manto desmaterializador do quotidiano social. Aconselhado para inteligências em estado de alerta, em qualquer idade.

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